Quando se discutem estratégias para o desenvolvimento local ou setorial, vem à tona o debate acerca do modelo de desenvolvimento e seus instrumentais para alavancar o potencial de riquezas, em vista a alcançar estágios sustentáveis de desenvolvimento social e econômico.
Ressaltamos que o Nordeste brasileiro sempre se destacou para criação de caprinos e ovinos devido sua vegetação que permite a manutenção e sobrevivência dessas espécies no semiárido, apresentando potencial produtivo, especialmente de carne e leite ao longo do ano, o que não constitui obrigatoriamente fixação do homem no meio rural.
Apesar das dificuldades de diversas naturezas vivenciadas pelo setor do agronegócio, o seu real potencial socioeconômico permanece. Diante de diversidades, como a falta d’agua, e dificuldades, a estrutura de produção existente está totalmente consolidada, em grande parte, devido à força do mercado interno. Apesar desta conquista, não resta a menor dúvida de que, a alternativa de maior viabilidade, para o fortalecimento do agronegócio é um conjunto de ações: capacitação, transferência de conhecimentos e mobilização pela criação de políticas públicas de gestão da água.
A seca, além de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região Nordeste.
Em um ambiente de desenvolvimento local, as estratégias associativas estão coadunadas com os pressupostos de um solidarismo de mercado, capaz de criar formas de sociabilidade e cooperação econômica e redes associativas. Nesse contexto, o associativismo apresenta‐se aos produtores como instrumento estratégico importante para o fortalecimento econômico e político, podendo favorecer a superação do isolamento dos diversos grupos associativos de piscicultores e mediando relações de interesse (comerciais, políticas etc.) com os outros agentes econômicos e institucionais.
Para os pequenos produtores, a única saída para conseguir escala de produção e conquistar o mercado está na organização. As indústrias querem contar sempre com uma escala de produção definida e com um padrão uniforme. Para atingir esse objetivo o apoio das associações de produtores é fundamental. O problema é que, na maioria dos casos, as associações funcionam principalmente como organizações reivindicadoras, quando deveriam trabalhar em sistema cooperativo, comprando insumos e vendendo a produção em conjunto.
Nesse sentido, o INSTITUTO FUTURE, entidade que defende e promove a inclusão social em todos os seus projetos, trabalha em prol da capacitação do jovem, da mulher e do homem do campo, além de fazer capacitações sobre a transição rural, está em busca de ações que vislumbrem concretizar interesses comuns capazes de promover o desenvolvimento social através de práticas associativas, vem se perpetuando ao longo dos tempos.
Por isso, a compreensão do processo de transformação e consolidação das bases locais inscritas pelo associativismo como um conjunto de iniciativas para o enfrentamento das diferenças e para a promoção do desenvolvimento local.
Os fatores responsáveis por esta mudança de paradigma são múltiplos e estão situados tanto no contexto nacional como no internacional, abrangendo variáveis econômicas, culturais, políticas, sociais e ambientais.
A caprinocultura leiteira também vem se consolidando como atividade rentável, que não necessita de muitos investimentos ou grandes áreas para seu desenvolvimento. Por estes motivos, é uma das alternativas mais indicadas para a geração de emprego e renda no campo, especialmente nos programas de fortalecimento da agricultura familiar, programas governamentais de merenda escolar e combate à desnutrição infantil na população carente.
A realização do ENCONTRO DA AGRICULTURA FAMILIAR DO CEARÁ, no período de 25 a 28 de maio de 2022 vai contribuir com o desenvolvimento do agronegócio da região apresentando uma programação diversificada com a exposição de produto oriundos da agricultura familiar, capacitações e debates sobre inovações tecnológicas e sustentáveis para agronegócio.